Entre o Domingo de Páscoa e o 25 de abril vale a pena pensar no voluntariado como a engenharia da justiça no amor.
Mais ou menos por esta altura, em 2016, uma bem conhecida figura da política portuguesa afirmava convicta numa entrevista que o “trabalho voluntário é uma treta. Se é trabalho, tem que ter contrato. Voluntariado é o que as pessoas podem fazer depois de terem um contrato de 35 horas semanais, quando se querem dedicar a outra atividade”[1]. Pretendia denunciar abusos, esquemas ilícitos, enganosos e condenáveis, o facto de haver pessoas a trabalhar sem a devida remuneração. Mas saiu-lhe mal. Nesse mesmo dia, a 17 de abril, reproduziu a entrevista tal e qual na sua página do Facebook, com um pequeno comentário introdutório à publicação. Transcrevo parte dessa introdução, porque ajuda na reflexão que quero fazer: “Voluntariado não é trabalho voluntário”[2]. Segundo esta deputada, voluntariado é o que as pessoas podem fazer depois de terem um contrato. Afirmação no mínimo ambígua e errónea.
Artigo completo – https://pontosj.pt/opiniao/e-o-voluntariado-uma-revolucao-ou-uma-treta/